Mulheres que fazem o carnaval em São Paulo se unem para pedir ações contra o assédio
Com representantes de 50 blocos, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo tem feito reuniões com gestores municipais e estaduais para tratar sobre assuntos relacionados a saúde e a segurança da foliona durante os dias da festa.
Entre as principais reivindicações estão ações que protejam as mulheres contra o assédio.
Lívia Nolla é fundadora do Bloco Elástico. Ela afirma que as demandas foram encaminhas para o poder público.
“A gente pediu mais tendas de atendimento à mulher, com pessoas voluntárias que estejam preparadas para acolher a mulher; distribuição de água; distribuição de camisinha feminina, além da masculina; um guia contra o assédio”.
Ir fantasiada, sem se preocupar com a transparência ou o tamanho da roupa sem ser importunada, beijar apenas se quiser, dançar acompanhada apenas se tiver vontade… parece pouco, devia ser regra, mas é a reivindicação, como destaca Lívia Nolla, que também é cantora, puxadora do Bloco Elástico.
“O assédio acontece muito fortemente no carnaval porque a mulher está livre, dançando, com a roupa que ela quer, se divertindo, por ter bebida envolvida. E é isso que a gente quer trabalhar e vem trabalhando com a comissão feminina”.
A Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo informou que fará coletiva nos próximos dias para divulgar as ações contra o assédio no carnaval.
Inara Mel, do Bloco Belas & Empreendedoras, usou a música para pedir respeito. Encerramos a reportagem com uma marchinha que ela fez contra o assédio no carnaval.





