Mais de sete mil funcionários em dez estados participam da greve dos petroleiros, iniciada na madrugada de sábado. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros os grevistas representam 12% dos 55 mil empregados da Petrobras.
Ainda de acordo com a entidade, a mobilização atinge 15 unidades da empresa e subsidiárias, como a Transpetro e as refinarias Duque de Caxias e do Nordeste.
A Petrobras não confirmou o número de funcionários que aderiram ao movimento, mas informou, por meio de nota, que tomou “as providências necessárias para garantir a continuidade da produção de petróleo e gás e o processamento em suas refinarias.
A estatal assegurou, ainda, a adoção de medidas para garantir o abastecimento do mercado de derivados e as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações.
A greve, por tempo indeterminado, foi aprovada pelos 13 sindicatos filiados à FUP. De acordo com o diretor da federação, Gerson Castelano, o movimento contesta as mil demissões feitas pela estatal na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná que, segundo a federação, não respeitou o acordo coletivo de trabalho.
O fechamento da unidade foi anunciado pela Petrobras no último dia 14. As demissões estão previstas para começar no próximo dia 14.
Outro ponto que levou à aprovação da paralisação foi a mudança, por parte da estatal, da tabela de turnos ininterruptos dos trabalhadores com revezamento, em todo o país, sem que houvesse discussão com as lideranças sindicais.
O diretor da FUP disse ainda que os petroleiros estão “cercados de todos os cuidados para que a greve não seja considerada abusiva, como alega a Petrobras.
Em nota, a Petrobras informou que considera “descabido” o movimento grevista “pois as justificativas são infundadas e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve”.
Ainda segundo o comunicado, “os compromissos pactuados entre as partes vêm sendo integralmente cumpridos pela Petrobras em todos os temas destacados pelos sindicatos”.