Um estudo elaborado conjuntamente pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre o risco de disseminação da COVID-19 no país aponta que os casos mais graves do coronavírus no curto prazo devem continuar acumulados nos centros urbanos das regiões Sul e Sudeste devido ao alto percentual de população de risco e a alta conectividade aérea de São Paulo e Rio de Janeiro, as duas capitais com transmissão sustentada da doença e maior número de casos.
No entanto, segundo o relatório, duas capitais do Nordeste, Recife e Salvador,k também têm potencial grande para contágio.
O pesquisador da Escola de Matemática Aplicada da FGV (Emap/FGV) e integrante da equipe que elaborou o estudo, Flavio Codeço, destaca que o relatório não leva em conta os impactos das medidas restritivas adotadas principalmente nas capitais do Rio e São Paulo.
O estudo mostra que microrregiões nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Bahia também possuem alto risco de epidemia a curto prazo e alta vulnerabilidade social, o que torna urgente ações de prevenção e apoio à população, como explica o pesquisador.
De acordo com o relatório em um segundo momento, prevê-se a disseminação do COVID-19 para a região litorânea entre Porto Alegre e Salvador, e várias microrregiões da Paraíba, Ceará e Pernambuco.
Também são identificadas nessa categoria, microrregiões no entorno de Cuiabá, Goiânia e Foz do Iguaçu.