A confirmação de cinco casos do novo coronavírus em idosos residentes em um abrigo particular na capital fluminense, no fim de semana, acendeu o alerta para a gravidade da rotina dos funcionários e das quase 12 mil pessoas acima de 60 anos que vivem nas cerca de 440 instituições de longa permanência de idosos, públicas e privadas, em todo Rio de Janeiro.
O geriatra Virgílio Garcia Moreira, membro da comissão científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia no estado, afirma que os dias das equipes nas instituições tem sido difíceis.
Segundo ele, embora a maioria das casas tenha os materiais necessários para evitar a contaminação, como luvas, capotes, máscaras, a tendência é que esses materiais acabem muito rápido com o avanço da doença nos idosos, principalmente porque 80% deles são portadores de comorbidades.
A Secretaria de Saúde do município do Rio de Janeiro confirmou a notificação dos casos dos idosos e disse que a Vigilância em Saúde fará inspeção na instituição, que está tendo o nome mantido em sigilo.
Nessa segunda-feira (13), a justiça do Rio determinou que o estado e o município implementem medidas para prevenir e controlar a disseminação de Covid-19 nas Instituições de Longa Permanência de Idosos.
Entre as medidas estão espaços reservados para o alojamento de idosos infectados e a disponibilidade de medicamentos e equipamentos de proteção individual aos profissionais de saúde.
Desde o dia 17 de março, estão proibidas as visitas de familiares e de instituições religiosas ou assistenciais aos abrigos de idosos públicos e privados em todo o estado.