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Residentes da aérea de saúde ameaçam greve por falta de pagamento

Falta de pagamento
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Renata Martins
22/04/2020 - 21:38
Brasília

Os residentes da área de saúde estão com o pagamento das bolsas-salários em atraso. A denúncia é do Fórum Nacional de Residentes em Saúde, que afirma que há centenas de profissionais nesta situação.


Em carta aberta publicada esta semana, o fórum anunciou que caso os pagamentos não ocorram até esta quinta-feira, os residentes em saúde de primeiro e segundo ano vão paralisar todas as atividades na próxima sexta-feira, dia 24.


A entidade destaca que o contexto da pandemia do Covid-19 e o papel dos residentes no seu enfrentamento tornam esse atraso por si só uma quebra de inúmeros direitos desse profissional, numa situação gravíssima.


De acordo com a Associação Nacional de Médicos Residentes, há anos ocorre o atraso de bolsas das residências em saúde. A maioria é de residentes de primeiro ano. Os R1 estão com bolsas em atraso há dois meses.


É o caso da Lara Gonçalves. Ela começou a residência em fevereiro no Hospital Pronto Socorro de Porto Alegre. Segundo Lara, a bolsa deveria ter começado a ser paga em abril – o que ainda não ocorreu, pondo em risco a sua permanência na cidade.


O presidente da Associação dos Médicos Residentes, Euler Sauaia, afirma que a entidade busca entendimento com as autoridades para garantir o pagamento.


O valor bruto da bolsa-salário é de R$ 3.330 e dedicação exclusiva. Desde 2016 esse valor não é reajustado.


O Ministério da Saúde informou que o pagamento das bolsas em atraso já está ocorrendo. À medida que os cadastros são regularizados, o residente é incluído imediatamente na folha de pagamento para receber os valores correspondentes aos vencimentos.


De acordo com o Ministério da Saúde, os pagamentos se referem aos créditos que devem ocorrer no mês de abril. E que não há nenhuma residência com atraso referente aos vencimentos de meses anteriores.


Apenas pagamentos cujos dados tenham sido encaminhados incorretamente pelo próprio residente ou pelas instituições de ensino não são efetuados normalmente, disse o ministério.

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