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Profissionais de saúde do Amazonas estão com salários atrasados em meio à pandemia

Durante pandemia
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Renata Martins
19/05/2020 - 06:46
Brasília

Em meio a pandemia do novo coronavírus, médicos e enfermeiros de cooperativas terceirizadas que atendem na rede pública de saúde do Amazonas estão com os salários atrasados. O governo do estado tem dívidas de até três anos com as empresas prestadoras de serviço.


Este mês, o governador Wilson Lima liberou quase R$ 70 milhões para pagar empresas de enfermagem e de serviços médicos. Foram pagas parcelas pendentes de 2019 e de 2020. Metade da dívida de 2018 também teve o pagamento autorizado.


Mas esses atrasos têm impacto na permanência de profissionais da saúde no Amazonas. Só em 2019, mais de 500 médicos pediram alteração do registro profissional no Conselho Regional de Medicina para outros estados, e saíram do Amazonas.


De acordo como presidente do Conselho Regional de Medicina do Amazonas, José Bernardes Sobrinho, a ausência desses médicos toma uma proporção muito maior diante das consequências do novo coronavírus nos profissionais da saúde.


O Amazonas tem 5,5 mil médicos registrados no conselho da categoria. O presidente da Associação Médica do Amazonas, Jorge Akel, aponta que, para manter esses profissionais no estado, é necessário que os gestores honrem os pagamentos com as cooperativas médicas.


O governo do Amazonas afirmou que vai melhorar a relação de pagamentos com os terceirizados da saúde. Em contrapartida, disse que vai exigir mais qualidade no serviço prestado pelos profissionais à população. A avaliação será feita por pesquisa de satisfação dos usuários e acompanhamento dos serviços na ponta.


O Amazonas tem 20.913 casos confirmados do novo coronavírus e 1.433 mortes pela doença no estado, segundo boletim epidemiológico divulgado na tarde dessa segunda-feira.

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