O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou nesta quarta-feira (03) que a decisão de romper o contrato com a organização social IABAS, responsável pela gestão e construção de sete unidades de campanha no estado, foi tomada após conhecimento da compra de 500 carrinhos de anestesia para funcionar como respiradores nas unidades.
A quebra do contrato foi determinada em um decreto. Dos sete hospitais previstos, a Iabas entregou apenas um e, mesmo assim, com denúncias de falta de insumos e problemas de atendimento. A OS também está envolvida em investigação da Operação Placebo, que apura desvios no contrato e a participação de integrantes da Secretaria Estadual de Saúde.
Nesta quarta-feira, o secretário de Saúde, Fernando Ferry, se reuniu com representantes da Iabas, da Fundação Saúde, que agora é a responsável pela conclusão das obras e operação do sistema, e também com oficiais do Corpo de Bombeiros, que farão parte da equipe que está sendo montada para administrar a unidade do Maracanã, a única inaugurada sob a gestão da OS.
Em relação aos outros seis hospitais de campanha em construção, a Secretaria de Infrastrutura e Obras fará novas vistorias para verificar como as unidades se encontram em termos de estrutura e equipamentos. Wilson Witzel também ressaltou que os hospitais de campanha vão ficar como legado para a população e que o estado já planeja a reabertura das atividades econômicas a partir da próxima semana.
A Iabas informou em nota que a Secretaria de Saúde do Rio, desde o início das negociações, esteve informada da compra dos carrinhos de anestesia, em substituição aos respiradores. E que é consenso internacional a utilização desses equipamentos como ventiladores, principalmente no momento atual, em que há escassez do produto.
A OS também afirmou que diante do decreto de intervenção vai colaborar na transferência dos hospitais para o novo gestor e posteriormente tomar as medidas judiciais necessárias para assegurar os direitos da instituição.
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18/06/2019
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