Estudante de Veterinária é preso por dificultar investigações de tráfico de animais
O estudante de medicina veterinária, Gabriel Ribeiro, foi preso temporariamente pela Polícia Civil do Distrito Federal na terceira fase da operação Snake. Ele é amigo do universitário, Pedro Henrique Santos, picado por uma cobra Naja no dia 7 de julho.
Segundo a polícia, Gabriel foi preso por tentar atrapalhar as investigações a respeito de uma suposta rede de tráfico de animais. O rapaz também é suspeito de ter ocultado 16 serpentes que pertenceriam a Pedro. Os animais foram encontrados em um haras há mais de 40 quilômetros do DF.
Gabriel já tinha sido alvo da segunda fase da operação Snake. Mas na ocasião, só foi levado à delegacia para prestar depoimento porque policiais encontraram maconha na residência dele. Outro alvo daquela ação foi o padrasto de Pedro, o tenente-coronel da Polícia Militar do DF, Eduardo Condi. A mãe do universitário, Rose Meire dos Santos, também prestou depoimento sobre as cobras.
Pedro Henrique ainda não apresentou sua versão dos fatos. Isso porque em 13 de julho, depois de ficar seis dias internado em um hospital particular do DF, ele apresentou um atestado de 18 dias. Então, o jovem só deve prestar depoimento à polícia no início de agosto.
Pedro poderá ter que responder uma ação popular na justiça que pede para ele custear os gastos do zoológico do DF com a cobra Naja que o picou. A ação também solicita que o estudante a pague R$ 100 mil por danos morais coletivos, pois criava serpentes exóticas ilegalmente. Mas o Tribunal de Justiça ainda vai analisar o mérito dessa ação.
Lembrando que Pedro já foi multado pelo Ibama em R$61mil por criar cobras sem autorização.