Mais de 265 mil crianças e adolescentes foram mortos de 1980 a 2018
Perder uma criança de forma violenta é uma tragédia dolorosa para a família. De 1980 até 2018, mais de 265 mil crianças e adolescentes de zero a 19 anos morreram vítimas de homicídios, segundo o Atlas da Violência de 2020.
Apenas em 2018, mais de 10 mil pessoas nessa faixa etária foram assassinadas. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em conjunto com o Ipea- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
De acordo com o levantamento, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Desarmamento podem ter contribuído para a diminuição de mortes violentas entre pessoas de zero a 19 anos, como aponta um dos coordenadores do Atlas, Daniel Cerqueira.
A diretora executiva do Fórum Nacional de Segurança Pública, Samira Bueno, detalha quais eram as taxas de homicídios de crianças e adolescentes, antes e depois dos estatutos.
O Atlas mostra a queda no número de mortes, logo após a entrada em vigor do Estatuto da Criança. Por exemplo, em 1990, foram mais de cinco mil mortes. Já no ano de 1991, quando o ECA já estava valendo, foram quase 700 mortes a menos. Em 2003, ocorreram mais de oito mil assassinatos de crianças e adolescentes. No ano seguinte, 2004, quando o Estatuto do Desarmamento já estava em vigor, quase quinhentos menores tiveram as vidas poupadas.
A Rádio Nacional procurou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para comentar o assunto, que informou não opinar sobre pesquisas que não sejam produzidas pela pasta.
Com produção de Marcela Rebelo.