Frederick Wassef nega participação em esquema de corrupção no Rio
Após ser denunciado pelo Ministério Publico Federal, o advogado Frederick Wassef disse que jamais participou de qualquer esquema de corrupção e que, em 28 anos de advocacia, nunca respondeu a um processo ou foi investigado. Wassef foi denunciado junto com outras quatro pessoas, pela força tarefa da Lava jato no Rio de Janeiro.
A denúncia é um desdobramento da operação "Esquema S", que apura suspeitas de fraudes em entidades do chamado Sistema S do Rio. O grupo foi acusado de desviar R$4,6 milhões das seções fluminenses do Sesc, Senac e Fecomércio, entre dezembro de 2016 e maio de 2017.
Segundo o Ministério Publico, os envolvidos se utilizavam de falsos contratos de serviços que, na verdade não eram prestados. Com o mecanismo, eles encobriam acordos milionários com os escritórios de advocacia investigados, sem chamar a atenção da imprensa e dos órgãos de controle.
Frederick Wassef informou, no entanto, que nunca teve qualquer relação comercial com a Fecomércio. Informou, ainda, que foi contratado por um renomado escritório de advocacia criminal de São Paulo, em que os serviços foram devidamente prestados, os honorários foram declarados à receita federal e os impostos, pagos.
O advogado classificou a denúncia como inepta, já que, segundo ele, não descreveria qualquer conduta ou crime praticado.
Além de Wassef, foram denunciados pelo Ministério Público Federal: Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio-RJ; o empresário Marcelo Cazzo; e as advogadas Luiza Nagib e Marcia Zampiron.
A defesa da advogada Luiza Eluf Nagib disse que a profissional sempre trabalhou de forma correta e transparente e que recebeu com “absoluta perplexidade” a denúncia feita pelo MPF.
Os demais denunciados não se posicionaram sobre o assunto.