Mais de 30 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito em 2019
A falta de responsabilidade e de atenção no trânsito podem mudar as vidas das pessoas para sempre. O técnico de informática José Barbosa, de 64 anos, foi vítima da imprudência de motoristas duas vezes. Na primeira, em 2014, ele conduzia sua moto e foi fechado por um veículo. A segunda vez em que seu José foi vítima da irresponsabilidade no trânsito doeu bem mais. Em 2018, ele perdeu o filho também em um acidente com motocicleta.
Assim como José e o filho dele, a cada uma hora 20 pessoas dão entrada em hospitais com ferimentos graves. Neste mesmo intervalo de tempo, cinco acidentados morrem em consequência de batidas, fechadas ou capotamentos, de acordo com o Conselho Federal de Medicina.
Em 2019, mais de trinta mil pessoas perderam suas vidas por causa desses episódios, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. Desses mortos, a maioria são motociclistas e homens. Em seguida vêm os condutores de automóveis e, por último, os pedestres.
Para cada motociclista que perde a vida no trânsito do Brasil, outros 18 ficam inválidos. O diretor científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Flávio Aduro, explica quais as principais consequências dos acidentes com motos para os condutores.
Nesta sexta-feira (18), o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) lançou a Semana Nacional de Trânsito 2020, com o tema “Perceba o risco, proteja a vida”. A ideia é conscientizar a população para evitar acidentes. Mas por causa da pandemia da covid-19, as ações serão on-line.
Só nos últimos dez anos, mais de 1,6 milhão de pessoas ficaram feridas nas estradas brasileiras. Para tratar tanta gente nesse período, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou quase R$ 3 bilhões.
*com produção de Renato Lima