Maranhenses tentam fraudar sistema de cotas no estado
As cotas raciais são uma maneira de garantir que negros e pardos tenham mais chances de entrar nas universidades federais e em concursos públicos. Mas, no Maranhão, existem suspeitas de que muita gente vem fraudando esse sistema. Já são mais de 400 denúncias, só na universidade federal do estado. Outras 150, nos órgãos do judiciário.
Para ajudar a evitar esse tipo de episódio, as Defensorias Públicas do Estado e da União, no Maranhão, e a Ordem dos Advogados do Brasil maranhense lançaram o Observatório das Cotas Raciais para recebimento de denúncias de fraudes em cotas, nas universidades e concursos, por exemplo. Para colaborar é bem simples. Basta acessar o site observatoriocotasraciais.dpu.def.br e registrar a denúncia. O sigilo das informações é garantido.
O presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB Maranhão, Erik Moraes, explica como surgiu a ideia do Observatório.
Morais esclarece ainda quais os principais artifícios que os fraudadores costumam utilizar para serem enquadrados na política social das cotas.
As denúncias que chegarem ao Observatório de Cotas serão encaminhadas às autoridades competentes para apuração dos casos. As Defensorias Públicas do Maranhão também poderão entrar com ações, quando forem detectadas fraudes.
Nos casos confirmados, a instituição poderá desligar o aluno ou invalidar o diploma de quem já se formou.
Nos órgãos públicos, depois de comprovada a irregularidade o fraudador poderá ser demitido, ou ter sua aprovação no concurso cancelada.