Em São Paulo, Dia de Finados é marcado por alerta sobre covid-19
Apesar da pandemia do coronavírus, a movimentação nos cemitérios de São Paulo foi intensa nesse dia de finados, mas não houve registros de aglomerações.
As visitas foram autorizadas pela prefeitura e ficaram restritas a no máximo 100 pessoas por cemitério ao mesmo tempo. O uso de máscaras foi obrigatório e os cultos aconteceram em espaços abertos e com distanciamento social.
Foi justamente em formato de culto que uma das celebrações mais tradicionais da cidade no dia de finados, a Caminhada em Defesa da Vida, acabou a acontecendo. A cerimônia há 25 anos acontece em forma de procissão em que as famílias percorrem as ruas do Jardim São Luiz, Jardim Angela e Capão Redondo, na zona sul da cidade, até chegar ao Cemitério São Luiz.
Esse é um cemitério que carrega a marca de já ter feito até 30 sepultamentos por dia, 90% deles de jovens vítimas da violência. Isso foi no começo dos anos 2000. Mas esse ano, no período mais crítico da pandemia da covid-19, o número de covas abertas voltou a crescer. A região foi uma das mais atingidas pela doença e o direito à saúde fez parte das celebrações, como explicou a representante do Fórum em Defesa da Vida, Regina Paixão.
No Largo do Arouche, no centro da capital, o luto foi marcado por um minuto de silêncio e depois pelas sirenes de ambulâncias da secretaria de saúde do estado.
Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinschteyn, o barulho foi uma forma de lembrar que ainda é preciso estar alerta contra a pandemia.
Desde o começo da pandemia, 39.331 pessoas morreram em função do coronavírus no estado de São Paulo.