Imunização contra covid-19 ainda pode demorar, diz pesquisador
A vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pela Farmacêutica Pfizer, em parceria com o Laboratório Biontec, tem 95% de eficácia após 28 dias da aplicação. O resultado dos estudos da fase 3, a última fase da pesquisa foram divulgados nesta quarta-feira (18), pelos laboratórios responsáveis.
Ainda segundo a publicação, a vacina não apresentou nenhum efeito sério nos mais de 43 mil voluntários inscritos. Agora, as empresas planejam dentro de alguns dias apresentar os dados à Agência Reguladora de todo o mundo. A Pfizer espera produzir até 50 milhões de doses da vacina já neste ano e até 1,3 bilhão de doses até o final de 2021.
Enquanto isso, a Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac, em parceria com o instituto Butantan, no Brasil, foi analisada por outros pesquisadores que publicaram, que publicaram um artigo na revista científica The Lancet. O estudo aponta que a Coronavac tem uma eficácia de 97% após 28 dias da aplicação. Lembrando que a Coronavac ainda está na fase 3 dos estudos clínicos.
O pesquisador da Bio-manguinhos, instituto de imunológicos ligado a FioCruz, Akira Homma, ressaltou que, apesar dos avanços, a chegada da vacina para a maioria da população ainda pode demorar.
Para tentar acelerar a autorização das vacinas, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, publicou nesta quarta-feira (18), um novo procedimento para o registro dos produtos contra à covid-19. Entre as mudanças, está a dispensa da consulta pública para o registro da vacina.
Além disso, o presidente Jair Bolsonaro autorizou, também nesta quarta-feira (18), uma doação de mais de R$8,5 milhões para a Aliança Global para Vacinas e Imunização, a GAVI. A aliança é uma iniciativa da Fundação do bilionário americano Bill Gates, dono da Microsoft e conta com a parceria da OMS, a Organização Mundial da Saúde. O programa busca meios para viabilizar a vacina contra à covid-19 para todos os países.
