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Operação da PF investiga pagamentos de propina ao governo do RJ

A ação chamda Fim do Túnel cumpriu 7 mandados de busca e apreensão
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Raquel Junia
07/12/2020 - 12:53
Rio de Janeiro

Uma operação no Rio de Janeiro cumpre 7 mandados de busca e apreensão em endereços da capital, para aprofundar as investigações sobre pagamentos de propina ao governo do estado. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal. Entre os alvos está Julio Lopes, ex-deputado federal pelo Partido Progressista e secretário estadual de transportes na administração de Sergio Cabral.

A ação, chamada de Fim do Túnel, é realizada pela Polícia Federal em cooperação com o Ministério Público e Receita Federal, como desdobramento das operações Tolypeutes, Fatura Exposta e Ponto Final. São investigados crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

No centro das diligências de hoje, estão esquemas de corrupção envolvendo a execução das obras da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, que liga as zonas sul e oeste cariocas. Essas suspeitas já haviam sido objeto de investigação da Operação Tolypeutes. A Polícia não divulgou os alvos dos mandados, mas informou que a lista inclui empresários do ramo rodoviário e da saúde.

A defesa do ex-deputado Julio Lopes se manifestou por meio de nota classificando a busca e apreensão em endereços ligados à ele como desnecessária, abusiva e que versa sobre fatos requentados. Segundo o texto, Lopes nunca praticou qualquer crime à frente da Secretaria de Transportes e sempre se colocou à disposição da justiça para esclarecer os fatos.

As operações que resultaram nesta ação de hoje foram realizadas em 2017, como desdobramentos da Lava Jato no Rio. A Tolypeutes levou para a prisão o então subsecretário estadual de Turismo, Luis Carlos Velloso, e o diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro, Heitor Lopes de Sousa Junior.

A Fatura Exposta investigou contratos fraudulentos na compra de materiais médicos e resultou na prisão do ex-secretário de saúde Sergio Côrtes, além de empresários.

Já a Ponto Final evidenciou uma caixinha paga por empresários do setor rodoviário ao então governador Sergio Cabral. Foram presos na ocasião o dirigente da Federação e do Sindicato das empresas de ônibus do município, Lelis Teixeira e o ex-presidente do Detro, Rogério Onofre.

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