Ambulantes do trem se tornam patrimônio cultural do Rio
Conhecidos por suas tiradas sarcásticas e por seus bordões que grudam na cabeça, esses vendedores conquistam a simpatia e o carinho da maioria dos passageiros durante as viagens. O ambulante Leonardo Egito é um deles.
Há mais de cinco anos ele busca trazer um pouco de cultura para as crianças, vendendo livros infantis nos ramais de Santa Cruz e Japeri. Ele conta que mais que um comerciante, o ambulante também é um amigo, e que já ajudou muita gente a sair de situações difíceis nos trens.
Vanessa França, que usa o ramal Santa Cruz para ir ao trabalho, admira a atividade dos vendedores, que considera digna. Ela conta que além de se divertir com eles, nunca teve problema com mercadoria que comprou no trem.
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), são considerados Patrimônio Imaterial segmentos e estratos significativos para o cenário social e cultural de uma localidade, como saberes, ofícios e celebrações.
Autor original da lei, o deputado André Ceciliano, do PT disse que o trem é utilizado, sobretudo, pelas camadas populares, pessoas que moram no subúrbio ou na Baixada Fluminense. Também assinam como coautores outros 11 deputados de diversos partidos.