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Operação combate furto de água e energia em Ribeirão das Neves (MG)

Condomínio da cidade mineira tem pelo menos 40 imóveis com “gatos”
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Leandro Siqueira, da Rádio Inconfidência
03/02/2021 - 14:52
Belo Horizonte

Uma operação conjunta da Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) investiga um suposto esquema de ligações clandestinas de água e energia elétrica em um condomínio no bairro Vale das Acácias, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte;

Pelo menos 40 imóveis são suspeitos de usar os chamados gatos para fraudar o consumo de água e 50, de utilizar os gatos para consumir energia.

No caso da água, uma associação de moradores é suspeita de ter construído uma adutora clandestina para desviar a água fornecida pela Copasa.

A estrutura seria capaz de desviar cerca de 600 litros de água por minuto. Com isso, o dono dos imóveis pagavam à associação um valor fixo por mês e consumiam água à vontade.

Além de residências, sítios, pousadas e até empresas estariam se beneficiando do esquema.

Ainda segundo as investigações, o desvio na rede de abastecimento seria a causa da falta de água em vários bairros de Ribeirão das Neves nos últimos meses.

A estimativa da Copasa é de que cerca de 57 % da água enviada para Ribeirão das neves seja desviada por ligações clandestinas.

O prejuízo chega a cerca de R$ 13 milhões à empresa.

Em relação ao furto de energia elétrica, pelo menos 50 imóveis são suspeitos de usar gatos na rede elétrica da região.

Dois equipamentos clandestinos foram encontrados e desmontados pelos técnicos da Cemig e serão periciados, conforme portaria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os donos dos imóveis serão notificados e podem ter que restituir o valor não pago em multa, além de responder criminalmente por furto de energia.

A cemig não informou a estimativa de prejuízo com as ligações clandestinas no condomínio. Em todo o estado, o prejuízo chega a cerca de R$ 400 milhões por ano.

Vinte e três agentes da Cemig e 44 da Copasa participaram da operação.

 

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