Rio: motoristas do BRT fazem greve por salário integral e em dia
O carioca amanheceu esta segunda-feira sem o BRT, os ônibus articulados que circulam em três corredores do Rio de Janeiro e transportam milhares de pessoas por dia. A greve provoca aglomeração no sistema de ônibus comum, já que as pessoas estão embarcando nesses ônibus lotados e sem máscaras. Segundo a BRT Rio, concessionária responsável pelos serviços, o movimento ocorreu devido à greve de motoristas.
O diretor do Sindicato dos Rodoviários, Adhemir de Souza, disse que a paralisação é um protesto pelo sistema de rodízio adotado pela concessionária, em que os rodoviários do BRT não recebem pelos dias que ficam sem trabalhar, nem tem a garantia do pagamento no quinto dia útil do mês. Adhemir de Souza garantiu que no momento em que as reivindicações forem atendidas, a categoria volta ao trabalho.
Para ajudar no transporte de passageiros até as estações de trem e metrô, a Secretaria de Transportes está pedindo às empresas de ônibus que estendam seus itinerários até os grandes terminais.
A Guarda Municipal iniciou, às 4h, um plano de contingência, atuando em 10 estações do BRT, nos três corredores. A cidade está em estágio de atenção, terceiro nível em uma escala de cinco. Isto acontece quando uma ou mais ocorrências afetam a rotina da população.
O prefeito Eduardo Paes fez um apelo para os motoristas voltarem a trabalhar. E disse acreditar que esta não seja uma paralisação combinada entre empresa e rodoviários.
O BRT Rio alegou que os problemas são causados pela pandemia de Covid-19 e o congelamento de tarifa há dois anos. E que não tem dinheiro para pagar a segunda parcela do salário de janeiro dos funcionários, nem para comprar combustível.
E, o RioÔnibus, Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro, lamentou a paralisação do BRT e teme que o movimento atinja outras empresas, que também enfrentam uma crise econômico-financeira.