Variantes do coronavírus têm circulação intensa no Brasil, diz Fiocruz
A pandemia no país pode permanecer em níveis críticos ao longo do mês de abril. É o que aponta o mais novo Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 da Fiocruz.
A análise mostra que o novo coronavírus e suas variantes permanecem em circulação intensa em todo o país e a sobrecarga dos hospitais, observada pela ocupação de leitos de UTI, também se mantêm alta.
Segundo o boletim, houve uma aceleração da transmissão devido ao acúmulo de casos, muitos deles graves, com exposição ao vírus ainda no mês de março e aumento da taxa de letalidade, de 3,3% para 4,2%. O indicador estava em cerca 2% no final de 2020.
De acordo com os pesquisadores, esse crescimento pode ser consequência da falta de capacidade de se diagnosticar, correta e oportunamente, os casos graves, somado à sobrecarga dos hospitais.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo defendem que é fundamental a adoção ou a continuidade de medidas urgentes, como bloqueio ou lockdown para reduzir a velocidade do contágio.
Segundo a análise, todos os estados, capitais e regiões de saúde que tenham uma taxa ocupação de leitos acima de 85% e tendência de elevação no número de casos e óbitos devem impor maior rigor nas medidas de restrição das atividades não essenciais.
O estudo ressalta ainda a importância da adoção de medidas combinadas e convergentes entre os Três Poderes do Estado e os diferentes níveis de governo em favor das restrições..
Entre os dias 29 de março e 5 de abril deste ano houve piora nas taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS em Sergipe, com a taxa subindo de 86% para 95%, com estabilidade do indicador em níveis muito críticos na maior parte dos estados e no Distrito Federal.
Em cinco estados houve queda nas taxas de ocupação hospitalar: Roraima, Amapá, Maranhão, Paraíba e o Rio Grande do Sul.