A medição do Rio Negro é feita por meio de uma régua que foi instalada no ano de 1902 pelos administradores do Porto de Manaus. Na época, a capital amazonense era a maior exportadora de látex do mundo e o investimento foi feito pelos empresários ingleses que exploravam essa atividade econômica na cidade. De lá para cá das 10 maiores cheias do Rio Negro, seis foram registradas neste século e, neste ano, a marca de 2012, que até então era maior de todas, foi superada: alcançou 30 metros acima do mar.
Isso foi no dia 4 de junho e, agora, 10 dias depois, as águas começam a baixar no fenômeno conhecido como vazante. Segundo a pesquisadora em geociências do CPRM (serviço geológico do Brasil) Luna Gripp, várias calhas de rios do estado registraram cheias neste ano. Entre as cidades afetadas estão Parintins (atingida pelas águas do rio Amazonas), Manacapuru (pelo Rio Solimões), e São Gabriel da Cachoeira e Manaus (pelo Rio Negro). Neste mês, de acordo, com Luna Gripp, a situação é de estabilidade. Em algumas regiões, já começou a vazante dos rios.
Para amenizar os impactos da enchente em Manaus, a prefeitura da cidade entregou, pelo segundo mês, cartões no valor de R$ 500 cada mais de quatro mil famílias moradoras de 15 bairros atingidos pelas águas.