Com o preço do gás de cozinha nas alturas, cozinhar tem sido uma tarefa difícil para a auxiliar de serviços gerais, Cleidimar Pires. Ela conta que optou por fazer pratos rápidos.
Se a ideia é economizar, a pesquisadora do programa de Energia e Sustentabilidade do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Priscila Arruda, afirma que é importante manter as bocas do fogão sempre limpas.
A dica é, se as chamas estiverem amarelas, laranjas ou qualquer outra cor que não seja azul, significa que as bocas estão sujas ou não estão funcionando de maneira correta. O resultado, segundo Priscila, é a perda de potência e, consequentemente, maior consumo de gás.
A pesquisadora Priscila alerta ainda que é importante checar se existem vazamentos no botijão, na mangueira e nos canos do fogão ou no forno. Para isso, basta colocar espuma de sabão. Se houver bolhas, significa tem vazamento.
Sem alternativas, famílias de baixa renda têm buscado outro caminho, o uso de fogo a lenha para preparar alimentos, não pelo sabor que a comida pode ganhar, mas pela falta de dinheiro para comprar um botijão de gás. Sem a estrutura adequada, os riscos de doenças respiratórias e de incêndio são maiores.
Em setembro, uma mulher de 32 anos em São Paulo ao tentar cozinhar utilizando álcool no lugar de gás de cozinha, teve 30% do corpo queimado e acabou morrendo .
O tenente do Corpo de Bombeiros, Reginaldo Machado, explica que o álcool queima mais rápido que o gás de cozinha. Segundo ele, um dos perigos é que a chama do álcool não é vista facilmente a olho nu.
O tenente alerta ainda que a queima da lenha pode provocar intoxicação e asfixia.
Até setembro de 2021, o aumento no preço do gás de cozinha chegou a quase 30%. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o valor médio do botijão de 13 kg era de R$ 75,29 no final de 2020, e em 2021 foi para R$ 96,89, chegando a ser encontrado por mais de R$ 130 em algumas regiões do país, como já foi registrado no Mato Grosso.
*Com produção de Renato Lima