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Classificação indicativa precisa da autoregulação dos pais

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Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional
18/10/2021 - 18:16
Brasília

O seriado sul-coreano Round 6, da Netflix, se transformou em febre no Brasil. No entanto, gera polêmica porque, apesar da classificação indicativa de 16 anos, ele vem sendo consumido por crianças e adolescentes abaixo dessa idade.

A questão vem sendo debatida por pais e profissionais nas redes sociais. Enquanto uns dizem que crianças e adolescentes não deveriam ver a série, outros afirmam que é difícil impedir que tenham acesso.

Em Round 6, os personagens, todos em condições precárias de vida e endividados, participam de brincadeiras infantis na disputa por dinheiro. Os derrotados são assassinados.

Natali Oliveira, empresária de Muriaé, em Minas Gerais, diz que a repercussão atiçou a curiosidade dela e do filho pequeno, mas, depois de ver o conteúdo, decidiu que ele não iria mais assistir.

Com o acesso facilitado a séries como Round 6 e outras voltadas ao público mais velho, o diálogo entre pais e filhos é importante, segundo a neuropsicóloga Deborah Moss. Ela lembra que crianças podem ter ansiedade, medo e pesadelos e diz que os adultos precisam fazer a autoregulação. A neuropsicóloga também orienta que os pais de adolescentes conheçam o que tem atraído a atenção dos filhos.

A classificação indicativa de seriados é feita pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para orientar os pais sobre o conteúdo a que os filhos terão acesso. No primeiro trimestre deste ano foram analisadas 87 obras de plataformas de streaming, como o Netflix, 43% a mais que no mesmo período de 2020.

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