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Carlos Nuzman é condenado a 30 anos de prisão por corrupção

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Lígia Souto - Repórter da Rádio Nacional
26/11/2021 - 11:45
Rio de Janeiro

O ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, foi condenado a 30 anos e 11 meses de prisão por ter participado do esquema que envolveu corrupção na vitória do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. O crime foi desvendado na Operação Unfair Play, que investigou a compra de votos.

A sentença foi proferida nessa quinta-feira, pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal, que concentra os crimes da Operação Lava Jato no Rio. Além de Nuzman, que ainda foi multado em um milhão e 600 mil reais, também foram condenados o ex-governador Sérgio Cabral, a 10 anos e oito meses de reclusão, e o ex-diretor do Comitê Rio-2016 Leonardo Gryner, que recebeu sentença de 13 anos e dez meses de prisão.

Na decisão, Bretas se ateve principalmente a Nuzman, condenado por crimes de corrupção passiva, pertinência à organização criminosa, lavagem de ativos, evasão de divisas e concurso material. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, o ex-presidente do COB teria obtido enriquecimento ilícito em poucos anos, tendo sido descoberto que, entre julho de 2014 e setembro de 2017, ele “ocultou e dissimulou a origem e a propriedade de 16 quilos de ouro, no valor de quase um milhão e meio de reais.

Apesar de condenado a regime fechado, o juiz possibilitou que Nuzman recorra em liberdade.

Procurada, a defesa do ex-dirigente do COB se pronunciou por meio do advogado João Francisco Neto. Segundo ele, o juiz condenou seu cliente sem provas. A nota diz ainda que acredita que Nuzman será inocentado da sentença, que classifica como "violência jurídica inominável".

*Com informações da ABr.

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