O Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil do Rio de Janeiro cumprem nesta quinta-feira quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão contra grupos de pessoas que se autodeclaram racistas e nazistas. Os mandados da operação Bergon estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Norte.
De acordo com o Ministério Público, o grupo formado por adultos e adolescentes é suspeito de praticar, divulgar e instigar a realização de atos de discriminação e preconceito em relação à raça, cor, etnia e procedência nacional, além do crime de corrupção de menores.
Todos são investigados por publicar, em redes sociais e em aplicativos de mensagens, fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista.
Há ainda a incitação da prática de violência contra esses segmentos.
A Polícia Civil informou que as investigações duraram sete meses. Em maio deste ano, um dos alvos foi identificado por usar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes, com ameaças contra negros e judeus.
Segundo o MP, o nome da operação faz referência à freira francesa Denise Bergon, que desafiou nazistas ao abrigar e salvar a vida de dezenas de crianças judias durante a Segunda Guerra.