Empresas aéreas podem voar com menos comissários a bordo, mas número de passageiros também vai ser reduzido. A decisão, em portaria da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, publicada no Diário Oficial da União, atende ao pedido das três maiores empresas brasileiras do setor, Gol, Latam e Azul, que, somadas, detêm mais de 98% do mercado doméstico de aviação.
As companhias pediram a autorização da Anac para evitar o cancelamento de voos. Isso porque o avanço da variante ômicron da covid-19 tem causado o afastamento de comissários de bordo, e até de pilotos e copilotos.
Para tentar reduzir o impacto no serviço aéreo do país, elas solicitaram voar com menos comissários a bordo dos aviões, utilizando três, em vez de quatro profissionais por voo.
Por regra, cada voo deve ter um comissário para cada 50 passageiros. Então, com a redução desses profissionais a bordo, os voos também terão um limite no número reduzido de passageiros. Na prática, a medida obriga as empresas a reacomodarem passageiros em outros voos.
Por exemplo, uma aeronave da Boeings 737-800, utilizada pela Gol, que tem capacidade para 186 passageiros, estará limitado a 150 viajantes. Já um modelo Airbus A320, utilizado pela Azul, que comporta até 174 passageiros, vai ficar restrito a 150 poltronas ocupadas.