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Ômicron: governadores tomam medidas para evitar avanço da pandemia

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Daniella Longuinho - Repórter da Rádio Nacional
20/01/2022 - 09:39
Brasília

A alta no registro de novos casos de covid-19 no país nos últimos dias e a rápida propagação da variante Ômicron têm feito governos estaduais restringirem novas atividades econômicas e endurecerem medidas para evitar o avanço da pandemia. 

O governo do Distrito Federal, por exemplo, publicou novo decreto nessa quarta-feira (19) proibindo aglomeração e pistas de dança em bares, shows e casas noturnas. Eventos públicos, como o projeto Brasília Iluminada, foram suspensos. 

Em coletiva de imprensa, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, informou que o governador em exercício Paco Britto assinou novo decreto sobre a volta do uso obrigatório de máscaras em locais aberto, já publicado no Diário Oficial do DF e com efeito imediato.

No Amapá, com aumento de 230% no número de novos casos, o governo e as prefeituras suspenderam shows artísticos e festas públicas e privadas até 31 de janeiro, e o carnaval 2022 foi cancelado.

No Rio Grande do Sul, das 21 regiões organizadas para o enfrentamento do novo coronavírus, 12 estão em alerta em função do aumento de transmissão e terão que elaborar novos planos para conter a disseminação.

Em transmissão pela internet nessa quarta, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite destacou que a alta de casos no estado vai refletir nos leitos hospitalares.

Para o médico infectologista Julival Ribeiro, outra medida preventiva de transmissão da covid-19 que poderia ser adotada pelos estados é a volta do trabalho remoto. 

O virologista Bergmann Ribeiro, professor da Universidade de Brasília, defende que medidas anunciadas até agora pelos estados e municípios deveriam ter sido tomadas antes das festividades de fim de ano. E explica que o espalhamento da nova onda de covid-19 pode atingir o pico no final de fevereiro

Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, o Brasil bateu recorde de novas contaminações com 204 mil casos; os óbitos foram 338. Há uma semana, o número de casos era aproximadamente 87.500 e os óbitos, 133.

*Com produção de Ariane Póvoa

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