A alta no registro de novos casos de covid-19 no país nos últimos dias e a rápida propagação da variante Ômicron têm feito governos estaduais restringirem novas atividades econômicas e endurecerem medidas para evitar o avanço da pandemia.
O governo do Distrito Federal, por exemplo, publicou novo decreto nessa quarta-feira (19) proibindo aglomeração e pistas de dança em bares, shows e casas noturnas. Eventos públicos, como o projeto Brasília Iluminada, foram suspensos.
Em coletiva de imprensa, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, informou que o governador em exercício Paco Britto assinou novo decreto sobre a volta do uso obrigatório de máscaras em locais aberto, já publicado no Diário Oficial do DF e com efeito imediato.
No Amapá, com aumento de 230% no número de novos casos, o governo e as prefeituras suspenderam shows artísticos e festas públicas e privadas até 31 de janeiro, e o carnaval 2022 foi cancelado.
No Rio Grande do Sul, das 21 regiões organizadas para o enfrentamento do novo coronavírus, 12 estão em alerta em função do aumento de transmissão e terão que elaborar novos planos para conter a disseminação.
Em transmissão pela internet nessa quarta, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite destacou que a alta de casos no estado vai refletir nos leitos hospitalares.
Para o médico infectologista Julival Ribeiro, outra medida preventiva de transmissão da covid-19 que poderia ser adotada pelos estados é a volta do trabalho remoto.
O virologista Bergmann Ribeiro, professor da Universidade de Brasília, defende que medidas anunciadas até agora pelos estados e municípios deveriam ter sido tomadas antes das festividades de fim de ano. E explica que o espalhamento da nova onda de covid-19 pode atingir o pico no final de fevereiro.
Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas, o Brasil bateu recorde de novas contaminações com 204 mil casos; os óbitos foram 338. Há uma semana, o número de casos era aproximadamente 87.500 e os óbitos, 133.
*Com produção de Ariane Póvoa