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Autista consegue na justiça direito de levar cão de assistência em voo

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Beatriz Albuquerque - Repórter da Rádio Nacional
28/01/2022 - 11:30
Brasília

Muito barulho. Locais cheios. E até cheiros muito fortes. Esses são alguns dos gatilhos que fazem o Arthur Santana, de 22 anos, entrar em crise. O rapaz tem transtorno do espectro autista e precisa de alguns cuidados para evitar momentos de muita ansiedade.

Ele conta que quando entra em crise pode chegar a se machucar ou ferir as pessoas em volta.

Viajar de avião é um problema para Arthur. A pressão do voo faz com que ele se sinta muito desconfortável. Por isso, quando precisou fazer uma viagem recentemente, solicitou que seu cão de assistência pudesse voar na cabine com ele. O pedido foi negado pela companhia aérea, apesar de o animal ser treinado; e de Arthur ter indicação médica para esse apoio.

A solução foi acionar a justiça para garantir o direito de levar o Atlas, seu cachorro, na viagem. Arthur explica como a presença do animal alivia os sintomas e oferece apoio logístico para ele.

Ricardo Amin, advogado de Arthur, explica que existe uma resolução da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, que respalda pessoas com necessidades especiais e que é preciso saber dos direitos e cobrar das companhias aéreas o cumprimento da lei. 

A Gol Linhas Aéreas se manifestou em nota e afirma que, após avaliação do caso do Arthur, entendeu que era possível realizar o embarque, mantendo a segurança do cliente, do animal de estimação e dos demais passageiros a bordo. Apesar disso, tanto Arthur quanto o advogado afirmam que a companhia aérea só autorizou o embarque após ser acionada judicialmente.

 

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