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Tragédia em Brumadinho: após três anos, famílias pedem justiça

MP mineiro denunciou 16 pessoas por homicídio
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Victor Ribeiro* - Repórter da Rádio Nacional
26/01/2022 - 08:45
Brasília
A house is seen in an area next to a dam owned by Brazilian miner Vale SA that burst, in Brumadinho
© Arquivo/REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados

Um protesto nessa terça-feira (25) marcou os três anos da tragédia do rompimento da barragem do Córrego Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. Das 272 vítimas, seis ainda não foram localizadas.

O ato foi organizado pela Avabrum, Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos da Tragédia de Brumadinho. A engenheira civil Josiane Melo é a presidente da associação. Ela perdeu a irmã, que estava grávida de cinco meses.

De acordo com Josiane, as famílias querem justiça, memória e encontro.

O Ministério Público Estadual de Minas Gerais denunciou 16 pessoas por homicídio e também por crimes contra a fauna e a flora. A Justiça Estadual decidiu levar o caso ao Tribunal do Júri, porque envolve crime contra a vida.

Um dos denunciados é o ex-diretor-presidente da Vale, Fábio Schvartsman. Ele recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, para que o julgamento ocorresse na Justiça Federal. A Sexta Turma do STJ acatou o pedido e justificou que existe interesse da União na causa.

O Ministério Público mineiro recorreu ao Supremo Tribunal Federal para manter o julgamento na Justiça Estadual. A promotora titular da ação penal de Brumadinho, Vanessa Aparecida Gomes Barcelos, afirmou que a ação foi suspensa quando já estava prestes a iniciar o julgamento.

O STF não tem data para julgar o recurso. Mas, de acordo com os promotores da ação, o caso não corre o risco de prescrever - ou seja, perder a validade por causa da demora. É que, enquanto o recurso não for julgado, os prazos de prescrição ficam suspensos.

 

*Com produção de Renato Lima

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