De acordo com pesquisa do Sindicato das Empresas de Inspeção Veicular de São Paulo (Sivesp), divulgada nesta semana, cerca de 78% dos carros que são movidos a Gás Natural Veicular (GNV), em São Paulo, estão em situação irregular.
A pesquisa foi realizada em janeiro por uma empresa contratada pelo sindicato, que acompanhou o movimento em 37 postos na capital e nos municípios vizinhos e identificou cerca de 3 mil veículos que reabasteceram com GNV.
Com as informações da placa e do modelo desses veículos, foi feito um cruzamento de dados com os do Detran e, dessa verificação, foi observado que cerca de 70% dos veículos não tinham o registro como possuidores de GNV. Além disso, outros 8% não tinham realizado a inspeção anual.
Em tempo de gasolina cara, cada vez mais pessoas têm procurado o GNV. Para fazer a instalação, o dono do carro gasta entre R$ 4.500 a R$ 5.500 e a economia com o equipamento é de cerca de 50% por quilômetro rodado.
Mas é preciso ficar atento aos trâmites que devem ser seguidos com essa alteração nas características do veículo: o proprietário tem que entrar em contato com o Detran solicitando a inclusão do GNV no documento do carro; é necessário procurar um serviço mecânico autorizado pelo Inmetro; e, após a instalação, é feita uma inspeção pelo Detran e um novo documento do carro é emitido.
Além disso, o proprietário do veículo precisa fazer inspeções anuais para verificar se as peças estão em dia ou se necessitam de troca.
O presidente do Sivesp, Claudio Torelli, explica que essas medidas são necessárias, pois uma instalação irregular ou um desgaste em partes sensíveis do tanque podem causar acidentes com explosões.
Cabe lembrar ainda que há uma lei do estado de São Paulo que estabelece que donos de postos e frentistas não podem reabastecer carros que não tenham selo do Inmetro de instalação do kit GNV. Nesse sentido, o Sivesp notificou os postos de abastecimento e secretários de transporte de 74 cidades, solicitando o cumprimento dessa lei.
