A maioria das capitais cancelou as festas oficiais de carnaval, mas ainda tem muita gente participando de eventos privados. Os órgãos públicos de fiscalização estão nas ruas.
Aqui em Brasília, por exemplo, o DF Legal está atento às aglomerações. Nesse domingo (27), foliões se aglomeravam em um chamado Bloco de Protesto. As pessoas foram dispersadas e os fiscais estão em processo de identificação dos responsáveis, que podem ser multados em até R$ 20 mil.
Na sexta-feira (25), dos 148 estabelecimentos fiscalizados, nove foram interditados e 11 multados, por desrespeito aos protocolos sanitários. No sábado (26), foram 25 interdições e 63 multas. Os números desse domingo ainda não haviam sido divulgados até o fechamento desta edição.
Em Salvador, onde acontece um dos maiores carnavais do país, a fiscalização começou na quarta-feira (23). A prefeitura da capital baiana colocou várias equipes nas ruas da cidade para evitar aglomerações durante o período de carnaval. As fiscalizações acontecem nos bairros do Campo Grande, Pelourinho, Barra e Ondina, tradicionais circuitos da folia.
De acordo com dados da prefeitura, entre os dias 23 e 27 de fevereiro, foram feitas quase 2.500 vistorias. Doze estabelecimentos foram notificados; e um foi interditado. A força-tarefa continua até a quarta-feira de cinzas (2).
Em São Paulo, que abriga tradicionais blocos de carnaval, a fiscalização para coibir eventos irregulares ficou por conta das prefeituras municipais. No estado, 25 cidades cancelaram os eventos públicos. Mas somente as prefeituras de Paraibuna e Guará proibiram a realização de festas privadas. Nas demais cidades, essas festas estão permitidas; mas precisam de alvará de funcionamento caso sejam cobrados ingressos.
No Rio de Janeiro, apesar da proibição do carnaval de rua, muitos vídeos e fotos circulam nas redes sociais com imagens de aglomerações. Até mesmo blocos tradicionais da cidade, que estariam proibidos de sair à rua, estariam promovendo eventos no centro.
Os desfiles das escolas de samba foram adiados. E este ano devem acontecer no feriado de Tiradentes, em abril.
Na capital fluminense, as fiscalizações são realizadas pelo efetivo da Guarda Municipal e pelos fiscais da Secretaria de Ordem Pública e contam com 1.260 agentes por dia.
