Dois bilhões e seiscentos milhões de pessoas não têm acesso a meios seguros e sustentáveis para preparar alimentos, como fogões adequados e gás de cozinha, por exemplo. Isso é o que aponta um estudo da OMS, Organização Mundial da Saúde.
A pesquisa aponta relação entre a poluição caseira e o aparecimento de diversas doenças no coração, pulmão, além de derrames e câncer. Os principais afetados são mulheres e crianças pequenas.
A OMS afirma, ainda, que tem havido uma melhora lenta nesse cenário e destaca a necessidade urgente de se acabar, até 2030, com o uso de fontes poluentes na cozinha, como carvão, esterco e querosene, principalmente, no Brasil e na Índia.
Segundo a organização, respirar a fumaça produzida ao cozinhar com poluentes pode causar danos irreversíveis à saúde das pessoas.
O estudo mostra ainda que existe desigualdade no acesso a combustíveis limpos e a tecnologias para cozinhar. Entre 2010 e 2019, a taxa de acesso aumentou apenas 1% ao ano.
Ainda de acordo com a pesquisa da OMS, em 1990, mais da metade da população global usava fontes poluentes para cozinhar. Em 2020, esse número caiu para 36%.
Nas cidades, o gás de cozinha é a fonte mais usada, mas no campo a biomassa é predominante. As estatísticas apontam que um terço da população continuará a usar combustíveis poluentes em 2030, com a maioria residindo na África Subsaariana.
Com base nesses resultados, a Unidade de Qualidade do Ar e Saúde da OMS vai apoiar os países a lidar com a poluição doméstica do ar, fornecendo orientações normativas, ferramentas e recomendações.