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Polícia prende três homens pela morte do congolês Moïse no Rio

Prefeito da cidade garantiu assistência psicológica aos familiares
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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
02/02/2022 - 11:10
Rio de Janeiro
Quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, onde o imigrante congolês Moïse Kabamgabe foi espancado até a morte depois de cobrar diárias de trabalho não pagas.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Estão presos desde a noite dessa terça-feira (1º) os três homens que aparecem nas imagens divulgadas pela Polícia Civil, agredindo a pauladas até a morte o congolês Moïse Kabagambe, de 25 anos, ao lado do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A prisão temporária dos três foi decretada pela juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, no plantão judiciário da capital. Eles foram indiciados por homicídio duplamente qualificado.

O crime aconteceu no dia 24 de janeiro, mas a família só foi avisada no dia seguinte, quando o corpo já estava no IML. O delegado Henrique Damasceno, titular da Delegacia de Homicídios, que já ouviu dez pessoas, considerou o crime brutal. Além de ser agredido com cerca de 30 golpes de pau, Moïse foi amarrado depois de já estar desacordado.

A prefeitura do Rio suspendeu o alvará de funcionamento do quiosque, que está fechado desde a noite do crime. O prefeito Eduardo Paes recebeu a família de Moïse na tarde dessa terça-feira e, em um vídeo publicado nas redes sociais, pediu desculpas em nome da cidade e garantiu apoio psicológico e material a eles.

O representante da Comunidade da República Democrática do Congo no Brasil, Fernando Papa, que acompanha as investigações, disse que o crime chocou a todos que respeitam a vida humana.

Parentes do congolês afirmam que ele tinha ido ao local cobrar o pagamento referente aos dias trabalhados no quiosque como ajudante de cozinha.

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