A pista central da Marginal Tietê segue interditada, pelo menos, até sexta-feira. Técnicos da empresa Acciona, responsável pelas obras da linha laranja do metrô de São Paulo, e da Secretaria de Transportes Metropolitanos do estado estudam como retomar o fluxo de veículos na Marginal Tietê, na capital paulista.
Na terça-feira, um desmoronamento na altura da ponte do Piqueri abriu uma cratera que engoliu todas as três faixas da pista local da via.
Como o terreno segue apresentando instabilidade, as duas faixas da pista central também foram interditadas. Desde então, apenas as quatro faixas da pista expressa, de um total de nove que formam o complexo, seguem ativas.
Segundo o secretário de Transportes metropolitanos, Paulo José Galli, na melhor das hipóteses, a pista central pode ser aberta em cerca de três dias. Caso contrário, só será reaberta no final da semana que vem.
Caminhões com concreto e pedras estão preenchendo a cratera. Esse trabalho pode ser finalizado ainda nessa quarta-feira. Já o reparo e a liberação das faixas da pista local não tem prazo definido. A prefeitura avalia a construção de um desvio alternativo, inclusive com a desapropriação de imóveis na região, como explicou o prefeito Ricardo Nunes.
O decreto não dá prazo nem previsão de quando essa via será aberta. Enquanto isso, o rodízio de veículos na cidade está suspenso até a próxima sexta-feira.
Uma das hipóteses é que o desmoronamento tenha sido causado pelo rompimento de uma adutora de esgoto. Para evitar problemas ambientais e sanitários, a Sabesp, a companhia de água e esgoto que atende a capital paulista, passou a bombear os rejeitos da região para uma tubulação sobressalente.
Um comitê foi criado pelo governo do estado para apurar as causas e responsabilidades do incidente e o Ministério Público abriu um inquérito civil público e já requisitou informações ao Consórcio Acciona, ao governo do estado, Defesa Civil, CET e Sabesp.