A Polícia Federal prendeu quatro pessoas durante uma operação realizada, nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro e em São Paulo, contra uma organização criminosa acusada de fraudes no auxílio emergencial pago pelo governo. O prejuízo causado pelo grupo pode chegar a R$ 1 milhão.
Ao todo, os agentes cumpriram oito mandados de busca na capital fluminense e em Angra dos Reis, na Costa Verde do estado. A operação também se estendeu às cidades paulistas de Barueri e Carapicuíba.
As investigações apontaram que os suspeitos usavam listas, publicadas nos sites dos Tribunais Regionais Eleitorais, de pessoas que não votaram nos últimos três pleitos. Com essas informações, o grupo efetuava cadastro no portal do governo federal para recebimento indevido do benefício, como explicou o chefe da Delegacia de Polícia Federal de Angra dos Reis, Clayton Souza.
Ainda de acordo com a PF, o mesmo grupo criminoso recorria à prática de outras fraudes, como o cadastramento de chips de celular em nome dos beneficiários e de documentos falsos, de forma a dar aparência de que a inscrição para o auxílio emergencial era verdadeira.
Na ficha do homem apontado como líder do esquema está uma prisão em 2016, no Paraná, por estelionato e falsificação de documentos. Além dele, cinco pessoas são investigadas pela operação Decipit.