Após dois meses das chuvas que castigaram Petrópolis, na região serrana do Rio, deixando milhares de desabrigados, apenas 817 pessoas receberam o aluguel social. Durante audiência pública na Câmara de Vereadores do município, a Comissão Especial de Acompanhamento das Ações por Petrópolis da Assembleia Legislativa do Rio ouviu moradores reclamarem das dificuldades no processo de solicitação e recebimento do aluguel social.
Lidiane ficou desabrigada com a filha e contou que está com um problema em seu contrato de aluguel por erro da prefeitura que a impede de receber o valor.
O jornalista Rogério Tostes afirmou que está até o momento sem resposta sobre o pedido.
Os moradores ainda reclamaram da dificuldade no reconhecimento e recebimento dos laudos para imóveis comprometidos pelas chuvas e falta de ação do município em locais que ainda apresentam riscos.
Secretários do município foram convidados a participar da audiência para prestar os esclarecimentos, mas não compareceram. Os deputados da Comissão da Assembleia Legislativa estadual chegaram a aprovar a convocação das autoridades da prefeitura da cidade. O presidente da Comissão, Rodrigo Amorim, criticou a ausência dos representantes do executivo municipal.
Em nota, a prefeitura de Petrópolis informou que respeita o trabalho dos órgãos de controle e das instituições, mas que a postura do presidente da comissão da Assembleia Legislativa e o anúncio de "convocação com condução coercitiva" impediram o município de participar da audiência. A nota diz ainda que governo municipal está disposto ao diálogo com as instituições que exercem o controle social de forma legítima e irá participar da próxima audiência pública na Câmara Municipal, no dia 2 de maio.
