Aos poucos, o movimento na região da 25 de março, maior centro de comercio popular da cidade de no centro de São Paulo, começa a voltar. Na loja de acessórios para celulares, que fica a cerca de 500 metros do local do incêndio, a vendedora Janaina Rochel achou que o movimento foi bom.
Mas nas poucas ruas que ainda estão interditadas, além do movimento fraco, o receio de quem trabalha é o risco de desmoronamento. É o caso da vendedora Jéssica Vinholi. Ela trabalha em uma loja na rua Abdo Schahin ao lado do edificio que pegou fogo.
De fato, a prefeitura confirmou o risco de desabamento de prédio e pediu a demolição do edifício. A Procuradoria Geral do Município chegou a anunciar que ia entrar na justiça para conseguir a autorização para a implosão, mas o condomínio responsável pelo prédio aprovou a proposta de demolição. Com isso a ação na justiça foi descartada.
Os técnicos já visitaram o local, acompanhados da Defesa Civil, e a decisão é começar a demolição no próximo sábado. Os custos vão ser pagos pela prefeitura, mas depois os proprietários do imóvel vão ter que ressarcir os gastos.
Pela manhã, os bombeiros chegaram a voltar ao prédio para fazer o rescaldo no edifício que começou a pegar fogo no último domingo. Foram mais de 60 horas de incêndio, mas apesar da fumaça que continua saindo, os bombeiros dizem que o fogo foi extinto.
Outros três prédios afetados pelo incêndio ainda estão sendo avaliados se também estão em risco de desmoronamento. A polícia ainda investiga as causas e eventuais responsabilidades pelo incêndio.