O vereador Gabriel Monteiro, do PL, teve o mandato cassado após decisão quase unânime da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Os parlamentares consideraram que o ex-policial militar e YouTuber quebrou o decoro, por ter filmado uma relação sexual com uma adolescente, além de forjar situações, envolvendo uma criança e um homem em situação de rua, em vídeos publicados no seu canal.
Dos 51 votos possíveis, 48 foram a favor da cassação. Apenas o próprio Gabriel Monteiro e o vereador Chagas Bola, do União Brasil, foram contra. Já Carlos Bolsonaro, do mesmo partido de Monteiro, está licenciados e não votou.
O pedido de cassação foi levado a plenário nesta quinta-feira depois de aprovado pelo Conselho de Ética. O relator do processo, Chico Alencar, do Psol, lembrou que Monteiro é alvo de diversas outras acusações, como assédio sexual e moral contra funcionários e estupro. Além dos delitos de natureza sexual, o vereador agora cassado teria usado as prerrogativas parlamentares para produzir vídeos e ganhar dinheiro no YouTube.
A sessão que selou o destino de Monteiro teve cerca de 5 horas de duração. As galerias ficaram cheias de manifestantes contrários e a favor da perda do mandado. Durante a fala de Gabriel Monteiro, mulheres com cartazes contra a violência de gênero, ficaram de costas. Em sua defesa, ele voltou a dizer que é inocente de todas as acusações.
Desde que as denúncias vieram a tona, Gabriel Monteiro alega que não sabia que a adolescente filmada durante o sexo era menor de idade, o que foi desmentido por ex-funcionários. E em um áudio divulgado pela imprensa esta semana, ele afirma gostar de “novinhas”.
Apesar da cassação, o ex-vereador, que concorre a deputado federal, ainda pode ser eleito, já que a candidatura foi oficializada antes da perda do mandato atual. Mas um pedido de impugnação já foi feito ao Tribunal Regional Eleitoral que vai decidir sobre caso. Na Câmara municipal, quem assume o lugar de Monteiro é Matheus Floriano, do PSD