Eu uma ação conjunta com o Ministério Público, policiais federais saíram às ruas, na manhã desta quarta-feira (10), para cumprir nove mandados de busca e apreensão em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e na capital, em imóveis ligados a uma organização criminosa suspeita de cobrar propina de empresários do ramo hospitalar. Em troca do pagamento dos valores exigidos, integrantes do esquema liberavam pagamentos aos hospitais de forma mais rápida, além de facilitar a obtenção de reajuste nas tarifas praticadas com as unidades de saúde que participavam da fraude.
Os investigadores estimam que em cinco anos, a partir de 2014, a gestão de uma operadora de plano de saúde de servidores públicos causou um prejuízo da ordem de R$ 664 milhões.
Balanço preliminar da operação aponta que foram apreendidos pelos agentes federais R$ 813,6 mil em espécie.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A ação desta quarta foi batizada de "Operação Glosa". O nome faz referência a um ato administrativo para checar se procedimentos hospitalares estão de acordo com os protocolos estabelecidos pela unidade de saúde e pela operadora. Quando ocorre a glosa de determinado item, o pagamento por ele não é realizado.
