Embalagem igual para produtos de qualidades distintas é alvo do Procon
Nestlé, Itambé, Vigor e outros oito fabricantes de alimentos vão ter que explicar a venda de produtos similares a produtos tradicionais em embalagens que confundem o consumidor.
Com a alta no preço do leite e derivados, a prática de vender produtos que só se parecem com os originais tomou conta das prateleiras nos supermercados.
Rosangela Nascimento é doceira e notou a diferença no leite condensado.
O tradicional leite condensado Moça, produzido pela Nestlé, agora tem um similar feito a partir de soro de leite e amido. Só que a embalagem é muito parecida com a do produto original e confunde o consumidor.
Josely Bertoldo notou a diferença no creme de leite da mesma marca.
As mudanças na composição deixam os consumidores no prejuízo. A operadora de máquinas Salete Francisca já pagou o preço.
A Nestlé e outras 10 empresas, como a Itambé, que mudou a composição do queijo parmesão ralado, e a Vigor, que alterou a margarina da marca Leco, tem até segunda-feira para explicar para o Procon São Paulo as diferenças entre os novos produtos oferecidos no mercado e os produtos originais.
Segundo o Procon, as empresas estão violando o Código de Defesa do Consumidor ao levar as pessoas a acharem que estão comprando um produto, mas levam outro.
Agora vão ter que mostrar as diferenças nutricionais, os percentuais de cada ingrediente e as embalagens dos produtos que estão sendo colocados à disposição do consumidor.
Em nota, a Nestlé informou que recebeu a notificação do Procon e que vai prestar os esclarecimentos solicitados. A Lactalis informou que o queijo parmesão ralado da marca Itambé cumpre a norma e garante 75% do queijo citado na embalagem. Também entramos em contato com a Vigor, mas ainda não tivemos resposta.