As emissoras de Rádio e TV podem definir as próprias regras para entrevistas de candidatos durante a eleição. O plenário do Tribunal Superior Eleitoral entendeu que as regras exigidas para os debates não se aplicam às sabatinas de candidatos.
Com isso, o tribunal rejeitou, por unanimidade, os pedidos das coligações de Lula, do PT, Soraya Thronicke, do União, para alterar as regras de entrevistas da TV Globo e da TV Record.
A coligação de Soraya Thronicke questionou o critério dessas emissoras de entrevistar apenas os quatro mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. Segundo a candidata, ela estava em quinto no DataFolha do dia 9 de setembro, dentro da margem de erro com a quarta colocada, que foi convidada para sabatina nas emissoras.
O segundo caso foi apresentado pelo candidato Luís Inácio Lula da Silva que pediu que a ordem das entrevistas na TV Record fosse definida por sorteio uma vez que a sabatina dele estava marcada para uma sexta-feira, o que, em tese, tem menor audiência.
A relatora dos pedidos, a ministra do TSE Maria Cláudia Bucchianeri, negou os pedidos, alegando que a lei definiu critérios apenas para debates.
A ministra também argumentou que os critérios das emissoras, de selecionar apenas os primeiros colocados em pesquisas de intenção de voto, é objetivo e impessoal, não configurando um direcionamento arbitrário.