A partir da próxima quarta-feira, dia 12 de outubro, as aeronaves com motores à reação - os turbojatos, como o B737 - ficam proibidas de operar no aeroporto de Fernando de Noronha, no estado de Pernambuco. O motor turbojato é um dos mais comuns dos aviões comerciais. Ficam de fora dessa restrição as aeronaves turboélice, como os modelos ATR72 e Caravan.
A decisão da ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil, divulgada nessa quinta-feira (06), foi tomada após três anos de monitoramento das condições operacionais da pista. Em 2019, foi verificada degradação em alguns trechos. Porém, até o fim do mês passado, foram constatadas apenas “intervenções paliativas”, como a aplicação de asfalto sem aderência e que costuma soltar quando é submetido às operações com as aeronaves turbojato.
Segundo a Agência, há risco à segurança dos passageiros e tripulantes, além de danos aos motores, à fuselagem e aos pneus das aeronaves. A ANAC vai acompanhar o cumprimento das condições determinadas para que as operações voltem à normalidade e informou que tem mantido diálogo com as empresas aéreas.
O Governo de Pernambuco soltou nota informando que está investindo mais de R$ 60 milhões na requalificação completa do Aeroporto, para os próximos 12 meses, e que a recuperação emergencial da pista será concluída em 60 dias. A Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos informou que seguirá todas as determinações da ANAC.