O número de motoristas dirigindo sob o efeito do álcool ou que se recusaram a fazer o teste do bafômetro no Rio de Janeiro bateu recorde este ano, sendo o maior em uma década. É o que revela um balanço da Operação Lei Seca divulgado nesta terça-feira (27).
De acordo com o levantamento, 33.350 condutores foram flagrados nas blitze realizadas até o último domingo, 25 de dezembro. A maior marca anterior foi registrada em 2012, quando 33.262 motoristas foram multados e tiveram a carteira de habilitação apreendida.
Segundo o coordenador operacional da Lei Seca, Arthur Barbosa, esse resultado reflete tanto a ampliação da quantidade de equipes atuando na operação, quanto o aumento no hábito de consumo de álcool durante a pandemia.
“Nós tivemos a abertura de todos os eventos pós pandemia e a população veio com esse hábito de beber muito durante a pandemia, e não respeitou a regra principal que é, se beber não dirija. Além disso, nós aumentamos a nossa equipe de fiscalização de 15 para 30 equipes, ou seja, dobramos o nosso efetivo, e isso veio a trazer maior capilaridade, maior fiscalização pela cidade”.
Arthur Barbosa também ressalta que este ano a operação investiu em ações educativas para conscientizar os jovens sobre o perigo da combinação bebida e direção.
“A nossa equipe de educação está percorrendo todos os municípios do estado, nas escolas primeiramente estaduais, fazendo uma campanha educativa com o público alvo, os alunos do ensino médio, conscientizando de forma dura, para que esses alunos não venham a cometer os mesmos erros que os nossos adultos estão cometendo hoje”, disse.
Para o Réveillon, a Lei Seca informou que vai intensificar as ações de educação e fiscalização nos pontos de grande concentração de pessoas, como praias e centros gastronômicos, além de estradas com maior número de deslocamento de veículos. Cerca de 150 agentes devem trabalhar na data, com horário estendido até o início da manhã.
