PF e Civil prendem 4 pessoas que participaram de vandalismo no DF
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal prenderam quatro pessoas que participaram dos atos de vandalismo na noite de 12 de dezembro, que deixaram um rastro de destruição na região central de Brasília.
O diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Cleo Matusiak Mazzotti, detalhou as prisões.
Cerca de 200 policiais civis e federais estão na rua desde o começo da manhã, com a Operação Nero. Os agentes cumprem 11 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão no DF e em sete estados: Ceará, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
Esses mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, a partir das investigações dos atos criminosos. Horas depois da diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, um grupo de vândalos tentou invadir a sede da Polícia Federal em Brasília.
Em seguida, eles se espalharam pelas ruas da capital. Depredaram uma delegacia da Polícia Civil e incendiaram cinco ônibus e três carros particulares.Os policiais falaram que estão analisando mais de 150 horas de imagens da noite de 12 de janeiro.
O diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal, Leonardo Castro Cardoso, afirmou que alguns dos alvos dessa operação participaram de uma tentativa de atentado terrorista para explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília na véspera de Natal.
Além de identificar os suspeitos, a investigação buscou individualizar a conduta de cada um. À medida que isso ocorrer, novos mandados de prisão, de busca e de apreensão podem ser expedidos.
Os envolvidos vão responder pelos crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas máximas somadas chegam a 34 anos de prisão.
Ainda de acordo com o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil, Leonardo Castro Cardoso, as investigações apontam que os atos de vandalismo não foram premeditados. Mas os suspeitos se concentraram em um acampamento montado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e que pretendem impedir a posse de Lula.
Após a deflagração da Operação Nero, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, postou no perfil no Twitter que “motivos políticos não legitimam incêndios criminosos, ataques à sede da Polícia Federal, depredações, bombas. Liberdade de expressão não abrange terrorismo”.