A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal que as autoridades dos Estados reforcem a segurança nas capitais e principais cidades nesta quarta-feira por causa de uma nova convocação para manifestações golpistas. O Ministério Público Federal foi informado do caso por meio do canal de denúncias sobre os atos de vandalismo do último domingo (8).
No comunicado, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos pede que os eventos sejam monitorados, participantes identificados e presos em flagrante caso ocorra algum crime. E, que o Ministério da Justiça e Segurança Pública solicite aos órgãos de inteligência e da Polícia Federal acompanhamento os atos e promovam investigações. Além de reforçar a segurança com a Força Nacional.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, prorrogou o uso da Força Nacional na segurança da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, de até 19 de janeiro. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta.
A Advocacia-Geral da União também informou ao STF sobre a convocação para manifestações golpistas nesta quarta. No texto, Jorge Messias, advogado-geral, pede medidas para evitar o bloqueio de rodovias e a invasão de prédios públicos. Além disso, quer que o Telegram bloqueie contas de usuários e grupos relacionados às ações antidemocráticas.
Segundo a AGU, as convocações para o ato ocorrem em mídias sociais, em especial no Telegram. A imagem de divulgação contém o texto “megamanifestação nacional pela retomada do poder”.
A Advocacia-Geral aponta ainda que o país está na “iminência” de uma “grave situação”, logo após os acontecimentos do último domingo, dia 8. Os apoiadores golpistas de Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Poderes da República e fizeram vandalismo contra o patrimônio público e agrediram jornalistas.
A AGU quer que seja prontamente rechaçada toda e qualquer tentativa de bloqueio de vias urbanas ou rodovias e de invasão a prédios públicos no Brasil; também que os veículos utilizados nos atos sejam identificados e as pessoas que desobedecerem a decisão sejam presas em flagrante.
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