O eletricista e taxista Alan Diego dos Santos Rodrigues confessou ter colocado a bomba em um caminhão-tanque com 60 mil litros de combustível, perto do aeroporto de Brasília, na véspera do Natal.
Ele prestou depoimento ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal.
Rodrigues se entregou à Polícia do Mato Grosso, na terça-feira. Ele foi flagrado de câmeras de segurança deixando a bomba no local. No depoimento, Rodrigues admitiu que recebeu o artefato do empresário George Washington de Oliveira.
Aliás, o empresário, preso no dia 24 de dezembro, tinha dado essa versão e dito que a ideia da bomba partiu do eletricista, no acampamento de extremistas, em frente ao Quartel General do Exército aqui em Brasília.
O artefato foi produzido por Oliveira e entregue a Rodrigues e também ao jornalista Wellington Macedo de Souza que está foragido e que dirigiu o carro até as proximidades do aeroporto.
Os três suspeitos tornaram-se réus na segunda-feira pelo crime do Artigo 251 do Código Penal, que trata de colocar em risco a vida, a integridade física ou o patrimônio por meio de explosão. A pena nesse caso é de prisão de três a seis anos, e multa.
George Washington também foi denunciado por ter sido encontrado com armas e munições. No caso do porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, a pena de prisão é de dois a quatro anos. Com relação às armas de uso restrito, a pena é de três a seis anos de cadeia.
Após o depoimento, o eletricista foi levado ao Sistema Penitenciário do Distrito Federal, onde permanecerá à disposição da Justiça.