Ao relatar o difícil momento em que perdeu a casa com o excesso de chuvas, a dona de casa, Janaíra Oliveira, só quer uma forma de reconstruir o lar da família.
A família de Janaíra é uma das mais de duas mil que perderam a casa ou tiveram que sair às pressas, devido aos alagamentos e desmoronamentos provocados pela cheia do Rio Acre, no estado.
Depois que o governo federal reconheceu a situação de emergência na capital Rio Branco, o envio de mais de R$ 1,4 milhão foi liberado nesta terça-feira (28), para a compra de itens de higiene, colchões e materiais para acolher a população.
Em Manaus, capital do Amazonas, pelo menos 300 famílias perderam as casas e foram levadas para abrigos da prefeitura. A zona leste da capital foi a mais afetada com o excesso de chuvas. Em entrevista para a Rádio Encontro das Águas, o design André Felipe, conta que salvou o que foi possível, dentro de casa.
Ainda na região Norte, na cidade de Marabá, no Pará, mais de 900 famílias foram levadas a abrigos ou foram para casa de familiares. Mais de 500 estão ilhadas, na cidade, com a cheia do rio Tocantins.
Já na Região Nordeste, o Ceará teve pelo menos 15 cidades afetadas com as chuvas, principalmente Senador Pompeu, que decretou estado de calamidade pública e Milhã, com situação de emergência decretada. Nessas duas localidades, mais de 500 famílias ficaram desabrigadas. Outros 12 municípios também decretaram situação de emergência. Na cidade de Aratuba, três pessoas morreram. Na rodovia CE-384, que liga o Ceará à Paraíba, dois carros foram engolidos por uma cratera que se abriu na estrada e deixou sete pessoas feridas.
No Maranhão, o governo do estado decretou situação de emergência em 49 municípios e monitora a situação de mais de 60 cidades. No estado, mais de seis mil famílias estão desabrigadas e desalojadas.
O Inmet, Instituto Nacional de Meteorologia prevê, para esta semana, chuvas intensas, principalmente até esta quarta-feira (29), em áreas do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará Tocantins, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Para ajudar as famílias, com itens de sobrevivência, é preciso procurar as secretarias de assistência social ou abrigos de cada cidade; e procurar entidades não governamentais sérias, que divulgam as ações nas redes sociais.