Após a última vistoria realizada nas falésias e encostas das praias que banham a cidade de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, a Defesa Civil municipal constatou uma situação de alto risco de desmoronamento. O órgão alerta que as próximas chuvas já podem gerar a queda de parte dos paredões.
Na praia de Cotovelo, na região conhecida como prainha, muito frequentada por pescadores e banhistas, já foram identificadas fendas e muitas encostas já desabaram nos últimos 15 dias. A queda de troncos de árvores que ficam na encosta também ocorreram. A área está toda sinalizada com placas e uma equipe de plantão permanece durante o dia, para evitar que acidentes aconteçam no local. Nesta mesma região, em dezembro de 2022, foi registrado o desabamento de uma área de encosta, com pelo menos 50 metros de frente. Ninguém ficou ferido.
Desde janeiro, os agentes da Defesa Civil de Parnamirim abordam banhistas, pessoas que caminham na orla e turistas que vêm em busca de fotos perto demais do precipício das falésias das praias de Cotovelo e Pirangi ou que buscam abrigo do sol próximo de encostas e falésias, na orla. O órgão orienta que as pessoas devem se manter a uma distância segura, tanto da borda, de 10 a 15 metros de distância, quanto da beira da praia cercada por falésias.
Em novembro de 2020, um casal de jovens, o filho deles, de apenas sete meses de idade, além do cachorro da família, morreram após parte de uma falésia desabar na praia de Pipa, no município potiguar de Tibau do Sul.
O Rio Grande do Norte possui 14 municípios com falésias, que chegam a ter 50 metros de altura em algumas cidades. Os paredões estão presentes em 30% da zona costeira do estado, o que equivale a aproximadamente 105 quilômetros do litoral norte-rio-grandense.
