O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, Francisco Araújo, afirmou na manhã desta quarta-feira (15), que as ordens para os ataques a prédios públicos na capital e em dezenas de cidades do interior do Estado partiram de detentos, que estão exigindo "aparelhos de televisão e visitas íntimas" no sistema presidiário.
Por causa dos ataques, a administração penitenciária suspendeu as visitas de familiares e advogados aos presos. Um detento foi transferido para o sistema federal. O Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim também foi um dos alvos dos ataques.
A resposta à violência está vindo de várias frentes: na terça-feira (14), a governadora do estado, Fátima Bezerra, esteve em Brasília, para conversar com o ministro da Justiça, Flávio Dino. A pasta enviou policiais, armamentos e viaturas para o Rio Grande do Norte.
Na madrugada desta quarta-feira, Fátima Bezerra desembarcou na Base Aérea, em Parnamirim, com os primeiros agentes da Força de Segurança Nacional. Ela comentou nas redes sociais, sobre o total de 220 policiais que deve chegar até sexta-feira (17).
"Agora, contando com o reforço muito importante da Força de Segurança Nacional no enfrentamento à violência, combatendo estes atos criminosos, para trazer, reestabelecer, a ordem, a segurança e a paz para o povo do Rio Grande do Norte".
De acordo com o boletim mais recente, a Secretaria de Segurança Pública registrou, até essa terça-feira, 18 suspeitos presos (sendo um adolescente, dois foragidos e um tornozelado), cinco armas de fogo apreendidas, 18 explosivos, cinco galões de gasolina, quatro motos e um carro, além de drogas, dinheiro e munições. Um homem morreu em confronto com a Polícia Militar.