Sob protestos da oposição e mais de um mês depois do início da Legislatura, o Senado elegeu nessa quarta-feira (8) os presidentes de 13 das 14 comissões permanentes.
Como já previsto, a CCJ, que é a Comissão de Constituição e Justiça, considerada a mais importante, por onde passam todos os projetos, ficou com o senador Davi Alcolumbre, do União do Amapá. PSD e MDB ficaram com 3 comissões cada. PT com duas, assim como o União Brasil. As outras ficaram com Podemos, PDT e PSB.
Os senadores do PL, PP, Republicanos e Novo, partidos que formam o bloco chamado Vanguarda, se abstiveram de participar da votação. Alegaram que não tiveram o direito de indicar presidentes para as comissões, mesmo sendo o terceiro maior bloco da Casa, com 23 senadores. É que, tradicionalmente, a escolha do comando das comissões é feita com base na proporcionalidade das bancadas ou dos blocos. Mas os nomes normalmente são definidos por acordo, sem o impedimento de candidaturas avulsas e disputa no voto.
Enquanto a oposição informava que não iria participar e, com isso, ficariam de fora da disputa pelo comando das comissões, os senadores da base lembraram que o bloco Vanguarda tem a representação garantida na composição. E que, como não participou da eleição do presidente Rodrigo Pacheco, em fevereiro, acabou ficando também de fora das indicações dos colegiados.
Assunto comissões resolvido no Senado, mas não na Câmara. Os líderes ainda negociam e conversam com o presidente da Casa, o deputado Arthur Lira, para ver como fica essa composição. Expectativa de que o assunto seja resolvido na próxima semana.