O Brasil subiu 18 posições no ranking mundial de liberdade de imprensa. 
O país que ocupava o lugar de número 110, está agora na posição 92. É o que aponta o relatório da organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras, divulgado anualmente no dia 3 de maio, Dia da Liberdade de Imprensa.
Os dados incluíram até pelo menos março de 2023. De acordo com o jornalista Artur Romeu, diretor do escritório da Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, foram consultados analistas, jornalistas e pesquisadores.
Para eles, a posição brasileira tem relação com a saída de Jair Bolsonaro do poder e que atacou “sistematicamente os veículos de comunicação." Ao mesmo tempo associada a percepção de otimismo relacionada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
No entanto, o Brasil continua sendo um país perigoso para os jornalistas. Segundo Arthur Romeo, a partir do levantamento da violência contra comunicadores no Brasil entre janeiro e dezembro do ano passado, o país estaria na posição número 149 do ranking.
No ano passado, entre as violências registradas, o assassinato do jornalista britânico Dom Philips, em junho, e do blogueiro cearense Givanilldo Oliveira, em fevereiro, além das ameaças feitas aos profissionais em acampamentos em frente as quarteis militares.
O estudo, que leva ao ranking global, tem a pretensão de avaliar as condições do livre exercício do jornalismo em 180 países do mundo. Nas três melhores colocações estão a Noruega, liderando o ranking, seguido de Irlanda e Dinamarca. A Coréia do Norte ocupa a última colocação.
